domingo, 5 de abril de 2009

Renda Belga

No século XV, Charles V da Bélgica decretou que a renda deveria ser ensinada nas escolas e conventos das províncias belgas, este fato contribuiu não só para o desenvolvimento da renda , mas também para que  fosse reconhecida como o berço da renda de carretel (ou bobinas ou bilros).
Durante o renascimento a renda teve grande impulso dominando a moda, de maneira mais precisa substituindo o bordado em diferentes estilos do vestuário.
Duas técnicas são feitas em Flemish , província belga, a renda de agulha a saber renda renascença ou renda de Bruxelas e a renda de carretel (bilros) especialidade da cidade de Bruges, localizada a oeste da Bélgica , este tipo de renda é rara porque só pode ser feita de maneira artesanal.

Portanto as rendas belgas são:
DUCHESS LACE (Laço Duquesa), Renda de carretel (renda de bilros no Brasil e em Portugal)



ROSE POINT LACE, Este tipo de renda é feita com uma agulha e é considerada mais delicada das rendas, suas flores são feitas com u m contorno de linha grassa e um miolo em linha mais fina.

PRINCESS LACE – Laço Princesa – muito utilizada para véus, roupinha de batizado, mantilhas (tipo de véu espanhol) e outros. As flores, caules e folhas são aplicadas em funde de rede (Tule) ou feitas diretamente com carretéis (bilros)

Princess
RENAISSANCE LACE – renda renascença – esta renda é produzida em grandes escala tanto na Bélgica como no Brasil, principalmente do nordeste. Muito utilizada tanto no vestuário como em cama , banho e em guardanapos e toalhas de mesa, por ser uma renda mais forte e duradoura.

Meu mostruário da renda belga

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Breve história da tecelagem.

A arte de tecer tem grande importância sócio-religiosa e é minuciosamente registrada na literatura e na pintura contando um pouco da historia das civilizações, estes registros nos oferecem um completo mostruário cultural de determinados períodos da história .
Alguns historiadores são unânimes em afirmar que a origem da tecelagem se deu no instante em que o homem sentiu necessidade de se “proteger” do frio (Gn3.8-10-21). Vários são os relatos bíblicos (2 Rs 23.7) a este respeito e há alguns documentos antigos do período babilônico espalhados por vários museus do mundo. A figura abaixo representa tecelões egípcios trabalhando. By Caritá pág 62

A arte de tecer tem grande importância sócio-religiosa e foi minuciosamente registrada na literatura e na pintura contando um pouco da historia das civilizações. Estes registros nos oferecem um completo mostruário cultural do vestuário de determinados períodos da história.
O homem primitivo não possuía a variação de instrumentos que usamos nos dias atuais. Alguns arqueólogos e historiadores encontraram registro de utensílios antigos usados para a feitura de tecidos como agulhas de bambu, madeira e ossos de animais e humanos para tecelagem como as bobinas (falanges - ossos da mão) usadas para macramé e renda de bilros.
Os primeiros fragmentos de tecido datam de 6.500 a.C. e foram encontrados em Nehal Hemar , uma caverna do deserto jordaniana , em Israel, Com o decorrer dos séculos o tecido se diversificou tornando-se industrial (manufatura), hoje classificamos a tecelagem em industrial (feitos a maquina) e artesanal (feitos a mão).
A renda, portanto é classificada como “tecido á mão” e é a formação básica da tecelagem.
Mais recentemente (século XVI) duas regiões reivindicaram a paternidade do que hoje classificamos como renda: a Itália (Veneza) e a Bélgica (Flanders). Ambas possuem razoáveis evidências para tal em cujas regiões a renda surgiu em períodos semelhantes o que as diferencia é o padrão de seus desenhos.

Na Bélgica a renda possuía como características tranças ornamentais, fitas e galões de seda, linha de metal precioso (ouro e prata), em sua maioria denominada Passamentiers, atualmente predominam as flores, conhecidas como flores de Bruges, pois sua origem é a cidade de Brugges.
O laço de bobina ou de fuselli chegou à Itália, provavelmente por volta de 1400 através da Grécia ou da Ásia Menor e se espalhou pelas cidades de Milão, Genova, Veneza, Offida, Pallestrina, Chioggia e em cada cidade obteve característica própria. Era símbolo de riqueza e poder. Vale lembrar que na Idade Média a renda era de uso exclusivo do Papado e da realeza. No decorrer dos séculos a renda se espalhou em todas as direções.
Em 1500 chega ao Brasil pelas mãos das senhoras portuguesas. Embora não haja registro do inicio nem das características da renda, acredita-se que sua característica é açoriana, e tem no nordeste sua filiação mais direta, já no sul sofreu a influencia da renda
As antigas correntes classistas e pré românticas determinaram um padrão estético para o vestuário que mesmo ditando tendência especifica para cada estação se repete ano a pós ano e com isso a renda vai e volta segundo a “tendência da moda”.
Nesta trajetória podemos observar a importância do vestuário como referencial do emocional humano, o indumento e suas metamorfoses são o espelho da alma humana. Através do que vestimos deixamos transparecer nossas tristezas e alegrias.
Em momentos de alegrias nos cobrimos de rendas e brocados coloridos e quente, quando estamos tristes nos cobrimos com cores neutras ou frias e em ocasiões especiais cobrimos a cabeça com um véu feito especialmente para esta ocasião a “renda de tule”.
Não importando a ocasiões a renda estará sempre presente, na sala, no quarto, na cozinha ou vestuário quer seja nas cores quentes transmitindo alegria ou nas cores frias transmitindo tristeza.
A tecelagem é o elemento fundamental no vestuário, eminentemente bem adaptada em arquétipos visuais baseados em esquema trapista sobre o aspecto de mantas, túnicas e togas do passado historicamente registrado pela Igreja Universal Romana, que (Quem sabe??) pediu emprestado esta tão bela arte a deusa Minerva ou a jovem Aracne, verdade é que a renda é “bem da humanidade” ou “bem público” e cabe a nós rendeiras o privilegiado oficio de transmiti-la como uma tradição de mãe para filha(o).
Desde sua criação a tecelagem se diversificou e hoje tecnologicamente aprimorada afastou-se das salas de visita de nossas residências, no entanto quando feitas por mãos delicadas e habilidosas tomam forma e beleza inimaginável.
Classificamos como renda todo material resultante do trançado de fio (de algodão, seda, linho, ouro e prata) executada em diversas técnicas como :
1 – Renda de agulha;
> De uma agulha – renda de agulha propriamente dita ou ponto no ar, renda file, renda turca , crochê, renda romana, renda renascença, renda de labirinto, frivolité, crochê tunisiano, crochê irlandês, etc.

> Mais de uma agulha – tricô.
> De grampo – crochê de grampo.
2 – Renda de bobinas – renda de bilros e macramé,
3 – Renda de bastidores – Nandut, tear de diferentes formatos.
4 – Renda de navetes – Frivolité e macramé, etc.
Embora haja uma grande variedade de tipos de rendas podemos classificar a renda em duas classes, renda antiga ou “clássica” com técnica própria concernente a cada região de origem da mesma, e renda “contemporânea” que permite tanto uma maior flexibilidade e maleabilidade temática quanto técnica.
Na realidade não importa o meio utilizado para a realização da renda o importante é que seu acabamento final seja delicado e agradável.
A renda pode ser usada tanto na decoração de peças de cama, mesa, banho e vestuário como na composição de pinturas em telas e esculturas.
Não há limite etário ou cognitivo para o aprendizado da renda. O exercício da sua feitura desenvolve a atenção, a memória, a elaboração de hipóteses e soluções de problemas, a organização de pensamento, melhora as relações sociais, emocionais, pode ser uma fonte inesgotável de prazer (ant estressante) e por fim auxilia no orçamento doméstico de muitas famílias carentes.
A propagação da renda depende única e exclusivamente das próprias rendeiras por não haver incentivo governamental para o ensino e poucas entidades filantrópicas que se ocupem com o ensino desta arte.
O objetivo desta oficina é divulgar um pouco da história e a técnica do laço primitivo que deu origem ao que hoje conhecemos como renda


Renda Brasileira
A verdadeira renda brasileira é a renda nanduti, trabalho dos índios brasileiros e paraguaios. Nandut significa raios do sol.


Rendeiras brasileiras
fotos de Gentil Barreira






quinta-feira, 5 de março de 2009

Plantas


A paixão de 10 entre 10 mulheres ....FLORES....e de quebra ...BONSAI ...uma das minhas paixões

Simplesmente ..... ficus ....

Uma florestinha de flamboyant


Cerâmica




Nada mais gratificante que trabalhar com argila e depois da uma fornada vem à surpresa.
Hora de contabilizar os erros e acertos.



MinhasCerMicas#

sábado, 28 de fevereiro de 2009

renda






Atualmente as mulheres por falta de tempo não se dedicam mais a renda de bilros, por ser um trabalho mais demorado e, portanto está perdendo espaço para o crochê.
Nosso dia a dia é muito corrido dificultando horas e horas frente uma almofada de renda, mas sempre encontro um tempinho para fazer meus trabalho.
Destaque especial para o babador que desenhei em torchon.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Renda de bilros com fuxico - Presente da Bisa

Venho trabalhando com carinhos nesta pequena lembrança para a Bisa Teresa enfeitar a sala e recostar nos momentinhos de prazer ao fazer seus trabalhos em ponto cruz , espero que ela goste .
Feito em fuxico e renda de bilros com acabamento em tecido de cetim.
Tem dos lados - frente em renda de bilros e flores de fuxico com miolinhos em crochê

e costa ou avesso só em tecido florido.
Desejos a todos os amigos muita Paz e saúde com Jesus
nestes últimos dias de 2008 e um Ano Novo repleto de felicidades.


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Renda de bilros - Boas festas

Este é um período de confraternização e troca de presentes.
O maior presente para a humanidade é a salvação em Cristo.
" Falou-lhes pois Jesus outra vez, dizendo : Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andara em trevas, mas terá a luz da vida". João 8.12

Este trabalho representando a luz de Cristo em renda de bilros e o meu presente para as rendeiras que me visitarem.

Fotos do NatalDoVoluntariadoDoHUAP
Boas festas e que o próximo anos seja repleto de realizações

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Renda de bilros


Na hora da leitura nada mais simpático do que um marca pagina em renda de bilros .
Hoje posto dois em um, isto é com um só picado dois modelos diferentes ....

Que tal??
Bom trabalho e boa leitura...

renda turca


Olá - hoje vamos usar agulha e linha e fazer renda turca?!


A renda turca é uma renda delicada e muito fácil de fazer, aqui estão uns panos de prato feitos nesta técnica que embelezam dando um toque elegante à cozinha.

O detalhe em ponto ajour

A pontilha em renda turca

Outro detalhe da renda e do ponto ajour

Para as que gostaram aqui vai a dica de como iniciar o ponto ajour

Um exemplo da revista....

Não coloquei a revista toda respeitando o direito autoral da artesã , mas tenho certeza que é um bom inicio.
Carinhos a todas....

Renda turca - técnica - passo a passo

Renda Filet

Nó de encajera