Na antiga cidade de Lídia havia um tintureiro cujo nome era Idmón este possuía uma linda filha chamada Aracne , que além de formosa possuía grandes habilidade em tecelagem e bordado
Conta-nos a lenda que até as ninfas do campo vinham para admirar seus formosos trabalhos. Seu prestigio e popularidade cresceu de tal forma que acreditavam que era discípula de Atena (
deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa).
Aracne era muito bela e habilidosa, porém tinha um grande defeito, era demasiadamente orgulhosa, desejosa que sua arte fosse grandiosa por seu próprio mérito não queria dividir suas habilidades e triunfos com ninguém, muito menos com a deusa do oficio.
A fama de Aracne chega ao conhecimento de Atena que resolve visitá-la em forma de anciã e a adverte para que se comporte melhor para com a deusa e seja mais modesta
e na conversa, disse que as rendas eram bem-feitas, mas que as de Minerva eram mais belas, por essa razão, em um momento de insanidade a jovem desafiou a deusa que de pronto aceitou o desafio.
Aracne, orgulhosa e insolente desdenhou os conselhos da anciã e lhe respondeu com insultos. Atenas encolerizada com o atrevimento da jovenzinha iniciou magicamente a bordadura de um tapete onde se via os deuses principais do Olímpio em toda a sua grandeza e majestade. Além disso, para adverti a jovenzinha, mostrou quatro episódios exemplificando as terríveis derrotas que sofriam os humanos que desafiavam os deuses.
Em seu bordado Aracne representou os amores desonhorosos dos deuses, como o de Zeus e Europa, Zeus e Diana, entre muitos, mas a obra era perfeita, porém Atenas (Palas -Palas Atena ou Palas Atenéia- ou Minerva) encolerizada pelo insulto feito aos deuses pela jovenzinha, tomou de sua lança e rompeu de alto a baixo o tapete da jovem Aracne. Esta sem compreender a atitude da deusa sentindo-se humilhada e desonrada enlouquece e termina por enforcar-se.
Não obstante, Pala Atenas não permite na morte da jovenzinha e a converte em uma aranha para que continue a tecer por toda a eternidade.
Meu primeiro contato com a arte foi em 1981, trabalhando como fonoaudióloga tive a oportunidade de observar os efeitos da arte terapia e/ou terapia ocupacional na psique humano e de tal forma encantada decidi dedicar-me às artes. A partir de então tento, a cada dia, conhecer e apreciá-la, e na busca pela expressão maior da arte passei por prazerosos caminhos até chegar a Cerâmica de Ateliê onde encontrei perfeita integração entre os elementos da natureza e o meu ser na realização do “construir” cores e formas tridimensionais criadas no meu inconsciente, cunhando novas perspectivas para a solidificação das minhas imaginações através da argila, dos pinceis e agulha e linhas. Em fim, todos os meios e materiais possíveis que possam dá vida a minha imaginação.
Como me apaixonei por renda? ...Na verdade é uma história muito antiga como toda história nunca se sabe exatamente quando ou onde começou... Lembro que por volta dos meus 10 anos iniciei o aprendizado da renda de crochet com a madrinha do meu irmão mais novo e não parei mais.
Depois do crochet veio o tricô, a renda de agulha, o frivolite, o desenho a pintura, a cerâmica e por ultimo a renda de bilro. Sou um pouco autodidata, sim “um pouco”, porque sempre há alguém para nos ensinar algo interessante ou importante em termos técnicos, porque para tudo na vida há uma técnica... Falar nisso vou contar como aprendi renda de bilro “sozinha”.
Em meados de 1981 comprei uma revista burda de frivolete, nela vinha uma chamada para “o próximo número” mostrando uma almofada em renda de bilro. Nossa fiquei alucinada. Como fazer para aprender renda de bilro no Rio de Janeiro(!?)
A solução foi escrever para a editora da revista Burda e aguardar.
Por fim recebi uma carta (digna de ser apresentada como prova do respeito com que esta editora trata os consumidores), pela, então responsável da edição da revista ANNA, Maria Blumrich, que me foi enviada um “Cursillo del encaje Bolillos”, assim iniciei minha trajetória.
Como é bom NUNCA DESISTI....
Um abraço as todas que visitarem meu espaço.
Marina